O
delegado de Polícia Civil do Ceará Renê Andrade foi exonerado do cargo nesta
segunda-feira (26). Ele estava no comando do Departamento de Inteligência
Policial (DIP) desde a saída de Francisco Carlos de Araújo Crisóstomo. Na
semana passada, o Ceará News 7 anunciou com exclusividade a saída de Renê, mas o
Governo, com a repercussão, segurou Andrade por mais um tempo na cadeira.
Agora, a exoneração foi oficializada por “ordem superior”, isto é, teria
partido da Secretaria da Segurança Pública ou mesmo do Palácio da Abolição.
A
queda de Renê é mais um capítulo na crise da Segurança Pública do Ceará
agravada pelos recentes episódios em que bandidos da direção do PCC foram
mortos no Estado. O assunto virou tema da Imprensa nacional e, mais uma vez,
expôs para todo o Brasil a insegurança no Ceará e o fracasso na política de
Segurança Pública do Governo do Estado.
Renê
Andrade dirigia a “Inteligência” da Polícia Civil cearense e, em tese, deveria ter
em mãos todas as informações sobre a movimentação do crime organizado no
Estado, principalmente, no que diz respeito à presença de bandidos chefes de
facções interestaduais.
Morte
dos homens do PCC
Uma
sequência de fatos contribuiu para sua demissão do cargo. Além da morte dos
bandidos, Rogério Jeremias de Simone, o “Gegê do Mangue”; e Fabiano Alves de
Souza, o “Paca”, em Aquiraz, no último dia 16, a fuga de outro homem do PCC
repercutiu mal no País. O traficante e homicida Claudiney Rodrigues de
Souza, o “Cláudio Boy”, que aqui se passava por empresário do ramo de
importados, foi preso por agentes da Polícia Federal após fugir de Fortaleza e
tentar desembarcar no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
“Cláudio
Boy” era um dos bandidos mais procurados pelas autoridades de São Paulo e Minas
Gerais. Com sete mandados de prisão, era também caçado pela Polícia
Internacional (Interpol) por conta de seu envolvimento com o narcotráfico.
A
enorme repercussão que ambos os casos tiveram na Mídia nacional colocaram em
xeque a eficiência do DIP, um dos principais órgãos de Inteligência do estado.
Entretanto, com poucos recursos materiais e uma equipe reduzida de agentes,
Renê Andrade não teve como tocar o trabalho de Inteligência que inclui
infiltração, acompanhamento, informação e contra-informação, mecanismos
investigativos que são utilizados pela Inteligência de qualquer estado ou país.
PM
se adiantou
Já
o principal núcleo de Inteligência da Polícia Militar, a Coordenadoria de
Inteligência Policial (CIP), subordinada diretamente ao Comando-Geral, também
passou por alterações de comando. O comandante da Corporação, coronel Ronaldo
Viana, se antecipou a qualquer gesto da SSPDS ou do Abolição e nomeou o coronel
Paulo Sérgio Braga Ferreira para chefiar a Coordenadoria.
Paulo
Sérgio tem uma longa experiência de Inteligência, tendo trabalhado na
desarticulação de vários grupos criminosos no Estado, incluindo quadrilhas de
assaltantes de bancos, traficantes de drogas e grupos responsáveis por casos de
sequestros.
VEJA O VÍDEO DO SECRETARIO
Fonte: Ceará
News 7