Militares virão de Recife, Garanhuns, Teresina, e
Crateús, cidade do Ceará.
Exército atuará em 19 zonas eleitorais de Fortaleza e em
outras 4 cidades.
Dois mil e quinhentos
homens do Exército vão atuar no Ceará no dia 26 de outubro, durante o 2º turno
das eleições. Nesta terça-feira (21), a presidente do Tribunal Regional
Eleitoral, desembargadora Iracema do Vale, esteve reunida com o comandante da
10ª Região Militar, general de divisão Marco Antônio Freire Gomes, o secretário
de Segurança Pública do Ceará, Servilho Paiva, e com o superintendente da
Polícia Federal no Ceará, Renato Casarini, para definir a integração das tropas
federais no esquema de segurança no 2º turno das eleições.
Na reunião, o comandante
da 10ª Região Militar anunciou que já recebeu autorização do Ministério da
Defesa para o deslocamento dos militares, que virão de Recife e Garanhuns, em
Pernambuco; Teresina, no Piauí; e
Crateús, e se juntarão aos soldados do 23º BC, em Fortaleza, para reforçar a
segurança no 2º turno das eleições.
De acordo com general
Marco Antônio Freire Gomes os militares do serão distribuídos nas 19 zonas
eleitorais que compreendem a capital e os municípios de Caucaia, Maracanaú,
Maranguape e Crateús. “Cada juiz dessas zonas eleitorais terá como interlocutor
um oficial do Exército para que determine a ação dos militares, caso seja
necessário”, explicou. Segundo o general, “caberá à Secretaria de Segurança
Pública do Estado, através dos policiais militares, a manutenção da ordem
pública”. Segundo ele, “os militares do Exército estarão presentes nas ruas
para reforçar o esquema de segurança e entrarem em ação, quando preciso”.
Segundo o secretário de
Segurança Pública, Servilho Paiva, "os mesmos 10 mil policiais militares,
acionados no 1º turno, estarão presentes no 2º turno, prontos para coibir
qualquer ação irregular nas eleições".
A desembargadora Iracema do Vale agradeceu “o empenho de todos os
agentes de segurança pública do Estado e dos órgãos federais, cientes da nossa
responsabilidade social para dar tranquilidade ao eleitor que vai às urnas no
próximo domingo exercer livremente o seu direito de votar”.
Da reunião, participaram
ainda o corregedor regional eleitoral, desembargador Abelardo Benevides Moraes,
o comandante geral da Polícia Militar, coronel Lauro Carlos de Araújo Prado, o
presidente da Comissão Permanente de Segurança do TRE, juiz Mauro Liberato, e o
procurador regional eleitoral, Rômulo Conrado, além de juízes, promotores e
outros delegados civis e federais envolvidos no esquema de segurança e
fiscalização do pleito.
Denúncia sobre milícias
O pedido foi feito após
o governador Cid Gomes ter apontado a presença de milícias policiais
facilitando um esquema de crimes eleitorais.
Após a votação no
primeiro turno, em 5 de outubro, o governador do Ceará, Cid Gomes, havia citado
uso de uma suposta milícia, comandada por políticos apoiadores de Eunício
Oliveira (PMDB). Eunício Oliveira disputa o cargo de governador no segundo
turno com Camilo Santana (PT), apoiado por Cid Gomes. Ainda em 5 de outubro,
Eunício havia denunciado Cid por suposto uso da máquina pública a favor de
Camilo Santana. Os dois negam as acusações de irregularidades.
Fonte: G1