quinta-feira, 28 de abril de 2016

DE OLHO>: Odebrecht e João Santana são alvos de novas denúncias da Lava Jato

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O Ministério Público Federal ( MPF) denunciou nesta quinta-feira (28) o empresário Marcelo Bahia Odebrecht, o marqueteiro João Santana e mais 15 pessoas por crimes como corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro por irregularidades descobertas na Lava Jato. São duas denúncias, que surgiram a partir das 23ª e 26ª fases da operação.

Esta é a terceira denúncia envolvendo Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira Odebrecht. João Santana, como consta nas duas novas denúncias, pode responder a dois processos. A decisão cabe ao juiz federal Sérgio Moro. Caso as denúncias sejam aceitas, todos passam a ser réus.

A 23ª fase, batizada de Acarajé, investigou pagamentos feitos ao marqueteiro de campanhas do Partido dos Trabalhadores (PT) João Santana, e a 26ª apurou a suspeita de que empresa Odebrecht possuía um departamento responsável por fazer pagamentos de vantagens indevidas a servidores públicos.

Primeira denúncia

De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, nas investigações da 23ª fase, João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, aparecem como suspeitos de receber dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras e do engenheiro Zwi Skornicki, apontado como um dos operadores do esquema na estatal.

Para a Polícia Federal (PF), há indícios de que Santana teria recebido US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014. Zwi é representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels e, segundo o MPF, foi citado por delatores do esquema como elo de pagamentos de propina.

Veja os denunciados:

(1º) Zwi Skornicki - operador: organização criminosa, corrupção ativa, lavagem de dinheiro.
(2º) João Santana - marqueteiro: corrupção passiva, lavagem de dinheiro.
(3º) Mônica Moura - mulher de Santana: corrupção passiva, lavagem de dinheiro.
(4º) João Ferraz - ex-diretor da Sete Brasil: organização criminosa, corrupção passiva.
(5º) Pedro Barusco - ex-gerente da Petrobras: corrupção passiva, lavagem de dinheiro.
(6º) Renato Duque - ex-diretor da Petrobras: corrupção passiva.
(7º) João Vaccari Neto - ex-tesoureiro do PT: corrupção passiva, lavagem de dinheiro.
(8º) Eduardo Musa - ex-gerente da Petrobras: organização criminosa, corrupção passiva.

O dinheiro, conforme a denúncia teve origem em contratos celebrados com a Petrobras para a realização das plataformas P-5-52, 1, PP-56 e P-58. Segundo a denúncia, houve pagamento de propina para Renato Duque e Pedro Barusco nesses contratos.


O MPF pede que os suspeitos percam bens, no total de R$ 111,9 milhões, adquiridos com dinheiro ilícito. Os procuradores solicitaram também R$ 683,8 milhões, correspondentes a 0,9% do valor total dos seis contratos firmados com a Petrobras relativos ao fornecimento de sondas pelo estaleiro Brasfels, por intermédio da Sete Brasil, nos quais houve pagamento de propina a Renato Duque.

Fonte: G1