A
cidade de Sobral, na Região Norte do estado (a 230 Km de Fortaleza) foi placo
de uma sequência de atentados contra prédios públicos na madrugada desta
quarta-feira (6). A ação orquestrada
teria sido ordenada por integrantes de uma facção criminosa descontentes com a
direção da cadeia pública do Município. A “guerra” entre esses grupos
criminosos já deixou dezenas de mortos na cidade. Neste ano, cerca de 120
pessoas já foram assassinadas ali.
Os
ataques foram praticados com a utilização de bombas incendiárias de fabricação
caseira, os chamados coquetéis molotov.
Bandidos arremessaram artefatos deste tipo em, ao menos, três prédios
públicos: a sede da Delegacia de Defesa da Mulher de Sobral, a Estação do
Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) e à agência da Caixa Econômica Federal
localizada no Centro de Convenções.
Ninguém
saiu ferido e os estragos foram poucos já que o plano dos bandidos de incendiar
os órgãos públicos não vingou. Em desses locais, os criminosos deixaram uma
carta que, supostamente, teria sido escrita dentro da cadeia, onde criminosos que
se denominam do “Crime Geral” acusam o novo diretor da cadeia pública,
conhecido por “Novinho”, de ter sido “comprado” pela facção Primeiro Comando da
Capital (PCC) e estaria privilegiando os presos que são dessa organização
criminosa.
Na
carta, os presos ameaçam dar continuidade aos ataques e dizem que só vão parar
quando o diretor for substituído.