quinta-feira, 12 de abril de 2018

Gilmar vota pela liberdade de Palocci e critica ‘restrição’ ao habeas corpus


Crédito: STF/ Carlos Moura

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acompanhou os ministros Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski para conceder o habeas corpus ao ex-ministro Antônio Palocci. Por outro lado, cinco ministros já votaram contra o pedido de liberdade de Palocci, em prisão preventiva desde setembro de 2016. Falta votar Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Cármen Lúcia.

Gilmar aproveitou seu voto para reiterar suas críticas ao uso e duração das prisões cautelares no Brasil, e ao que ele chamou de cultura de “restrição ao habeas corpus”.

Sobre o caso de Palocci, Gilmar afirmou que a “garantia à ordem pública” não sustenta a necessidade da prisão preventiva, sugerindo cautelares para o ex-ministro.

Durante seu voto, o ministro ainda chamou de inconstitucional encorajar delação premiada por meio de prisão preventiva. “Uso da prisão preventiva para obter delação não encontra guarida no texto constitucional brasileiro. Pode até encontrar guarida no texto constitucional de Curitiba. Mas usar prisão provisória para obter delação é tortura”, afirmou.

Fonte ISTOÉ