Material foi localizado nas celas do IPPOO 2, em Itaitinga
Em pouco mais de 24 horas, nada
menos, que 362 telefones celulares foram apreendidos em dois presídios
da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). E em quase três meses, o
número de apreensões de aparelhos já chega a 1.530. A “farra” de
celulares nas cadeias cearenses ganhou repercussão nacional e levou as
autoridades a realizar diversas operações de varredura nas celas das
unidades que compõem o Complexo Penitenciário de Itaitinga.
Na tarde desta segunda-feira (8), nada menos, que 198 celulares foram
encontrados escondidos dentro das celas do Instituto Presídio Professor
Olavo Oliveira Dois (IPPOO 2). O trabalho foi realizando de forma
conjunta entre agentes penitenciários e policiais militares.
Já no fim de semana, uma mulher foi flagrada quando tentava entrar na
hora de visitas na Casa de Privação Provisória da Liberdade Agente
Luciano Andrade Lima, a CPPL Um (CPPL 1), com uma falsa barriga que
simulava uma gravidez. Contudo, era, na verdade, uma conta elástica onde
estavam ocultados, nada menos, que 164 celulares, além de 94 chips,
carregadores e fones de ouvido.
Especiais
O trabalho de “pente fino” realizado pelos agentes penitenciários e
policiais militares não tem interrupção nos presídios. As chamadas
“forças especiais” da Polícia Militar (batalhões de Choque (BPChoque),
de Eventos (BPE), de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio);
Cavalaria e outros), foram retiradas das ruas de Fortaleza para
restaurar a ordem e a disciplina nos presídios após a mega-rebelião
ocorrida em maio passado.
Após o motim simultâneo em, pelo menos, cinco presídios, restou muita
destruição nas unidades. Segundo números divulgados pela Secretaria da
Justiça e da Cidadania (Sejus), teriam sido mortos 14 detentos em
crimes de vingança e “acertos de contas” entre grupos rivais confinados
nas Casas de Privação (CPPLs) e nos presídios e penitenciárias.
Por FERNANDO RIBEIRO