O Bolsa Família (Alina Souza/Especial Palácio Piratini/Fotos Públicas)
Fraudes
geraram prejuízo da ordem de R$ 1,3 bilhão aos cofres públicos em pagamentos
irregulares no programa durante dois anos.
Uma auditoria da Controladoria-geral da União (CGU) localizou
346 mil cadastros fraudados no Programa Bolsa Família. Segundo o relatório
divulgado nesta quinta-feira (4), mais de 2,5 milhões de famílias recebiam o
benefício mesmo com indícios de “inconsistência cadastral”, o que teria gerado
prejuízo de R$ 1,3 bilhão aos cofres públicos em pagamentos irregulares.
O
Bolsa Família foi criado em 2003, na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
para atender famílias em condições de extrema pobreza. Apenas famílias com
renda de até R$ 170 por pessoa tinham direito benefício.
Essa
auditoria da CGU identificou 5,2 mil famílias que tinham renda maior do que
dois salários mínimos (R$ 1.874) e, mesmo assim, recebiam a bolsa.
No
documento, o órgão afirma que, se as fraudes forem comprovadas, as famílias
estarão sujeitas a “sanções legais, tais como devolução de valor,
impossibilidade de retornar ao programa por um ano, sem prejuízo da
responsabilização criminal”.
“O
Ministério de Desenvolvimento Social aplicou o bloqueio dos benefícios para os
casos em que as famílias tiveram renda per capita inconsistente”, diz a pasta.
A
CGU recomendou também na auditoria que o controle de cadastro de famílias ao
Programa Bolsa Família seja aperfeiçoado pelo Ministério de Desenvolvimento
Social.
Fonte: veja.abril.com.br/brasil/