A
Beija-Flor de Nilópolis recebeu, nesta quarta-feira (14), seu 14º título na
história do Carnaval carioca, em um ano de desfiles marcados pela crítica
política.
A
escola de Nilópolis garantiu a vitória apenas na penúltima nota, alcançando o
primeiro lugar por poucos décimos de diferença.
O
segundo lugar ficou com o Paraíso do Tuiuti, que também fez um desfile
contestador, contando a história da escravidão no país. O desfile trouxe uma
representação do o presidente Michel Temer como “vampiro neoliberalista” e uma
ala de “manifestoches”.
Além delas,
voltarão à Sapucaí para o desfile das campeãs, no próximo sábado, Salgueiro,
Portela, Mangueira e Mocidade Independente de Padre Miguel.
Os 36
jurados avaliaram as 13 escolas em nove critérios. O samba-enredo foi o
critério de desempate.
A
Beija-Flor, que venceu pela última vez em 2015 com um polêmico enredo em
homenagem à Guiné Equatorial, também exibiu a onda de violência vivida pelo Rio
de Janeiro, mostrando, inclusive, crianças em caixões. O desfile se inspirou na
história de Frankestein para mostrar o Brasil vítima de “monstros” sociais,
como corrupção e intolerância.
A escola
levou em um de seus carros alegóricos as cantoras Pabllo Vittar e Jojo
Toddynho, que simbolizou a luta contra a intolerância de gênero e o racismo no
Brasil.
As duas
escolas que caíram para a Série A foram Império Serrano e Grande Rio – que
deixou um carro de fora do desfile por causa de uma pane no último minuto.
VEJA TODO DESFILE DA ESCOLA BEIJA FLOR DE NILÓPOLIS.